Câmara dos Vereadores realiza audiência sobre abastecimento de água em Ipojuca

Na manhã desta terça-feira (27/05), a Câmara dos Vereadores realizou uma audiência pública com a finalidade de buscar soluções para problemas no abastecimento de água em Ipojuca. A audiência também tratou sobre as deficiências na cobertura do sistema de esgotamento sanitário, impactos ambientais e ações de fiscalização ambiental, com ênfase nos distritos mais afetados.

O planejamento e os investimentos previstos para a melhoria do abastecimento de água e do saneamento básico também foram temas de discussão durante o encontro.

Fizeram parte da audiência o vereador e presidente da Câmara, Flávio do Cartório, e os vereadores Albérico da Cobal, Danda Positivo, Irmão Genival, Irmão Ricardo, Julinho Marinho, Luiz Flávio, Magal Nascimento e Xié de Camela. Além dos parlamentares, estiveram presentes: Ricardo Coutinho, secretário municipal de Meio Ambiente e Controle Urbano; Philipe Melo, presidente da Agencia de Meio Ambiente de Ipojuca; Robson Veiga, gerente de produção da Compesa para Região Metropolitana; Jamily Quental, gerente técnica de engenharia da Compesa; João Oliveira, gerente em exercício da Unidade de Negócios Sul; dentre outros representantes.

De acordo com o vereador e presidente da Câmara, Flávio do Cartório, “a falta de água foi acentuada em janeiro, fevereiro e março. Houve localidades que passaram mais de 10 dia sem água nas torneiras, causando muitos transtornos à população”. O vereador e presidente solicitou explicações ao gerente de produção da Compesa, Robson Veiga. Robson explicou que a escassez de água em janeiro, fevereiro e março de 2025 se deu pelo fato de o sistema Suape, que abastece a localidade, ter tido uma escassez de água nas barragens de Bita e Utinga. Ainda de acordo com Robson, a solução do problema passa pela Parceria Público Privada (PPP) para construção da Barragem do Engenho Maranhão. A obra está na fase de estudo financeiro e a consulta pública para a construção da barragem deve ocorrer no segundo semestre deste ano.

Os vereadores questionaram a ausência de fornecimento de água em localidades como, por exemplo, Campo do Avião (Ipojuca Centro), Nossa Senhora do Ó, Serrambi e Camela. A Compesa também foi cobrada pelos parlamentares em relação ao cadastramento da população para acesso à tarifa de baixa renda.

O gerente da Compesa, João Oliveira, explicou que, em Ipojuca, existem duas tubulações: uma que abastece a parte alta e outra que abastece a parte mais baixa da cidade. Ele explicou ainda que que todas as localidades em questão precisam de obras estruturadoras, já que o sistema utilizado, hoje, foi construído há muitas décadas e a população cresceu muito.

Ainda de acordo com o gerente, “a construção da barragem do Engenho Maranhão foi o meio que o Governo do Estado encontrou para melhorar o abastecimento na região”. Em relação ao distrito de Camela, especificamente, um estudo está sendo realizado para a utilização de outros mananciais, como por exemplo o do Engenho São Paulo. A Compesa está aguardando a resposta da Apac em relação a quantidade de água que poderá ser utilizada oriunda do manancial. Já a praia de Serrambi não é abastecida pela rede da Compesa. Para tanto, é necessária a expansão do sistema de abastecimento de Porto de Galinhas. A Bela Vista também precisa de expansão da rede que vai até a Rurópolis.

Sobre o saneamento, a previsão é que, com a conclusão do saneamento de Porto de Galinhas, o município atinja o índice de 45%. Hoje, o município do Ipojuca conta com apenas 33% de saneamento básico.

O presidente da Câmara sugeriu a criação de um comitê afim de acompanhar o planejamento das obras, investimentos e ações implementadas para solucionar os problemas de abastecimento e saneamento que são crônicos em Ipojuca.

Cronograma de manutenção abastecimento pode ser consultado no site da Compesa. O presidente também solicitou que os cronogramas de manutenção e abastecimento sejam enviados para a Câmara e para a Prefeitura, com a finalidade de uma melhor divulgação junto à população.

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