Vereadores recebem secretários municipais de Educação e Saúde

Na manhã desta terça-feira, 19/03, a secretária de Saúde, Manúcia Medeiros, e o secretário de Educação, Francisco Amorim, compareceram à audiência na Câmara dos Vereadores do Ipojuca. O objetivo da ida dos secretários à Câmara foi prestar esclarecimentos a respeito dos atendimentos e acompanhamentos das crianças com Transtorno do Espectro Autista no município.

De acordo com as mães das crianças com TEA, faltam medicamentos e médicos, as terapias são insuficientes e até escassas e não há assistentes terapêuticos suficientes e nem material de apoio nas escolas municipais. Diante desta situação, o vereador e presidente da Câmara, Deoclécio Lira, convocou as pastas da Saúde e da Educação para se pronunciarem sobre o assunto no dia de hoje.

Em sua apresentação, a secretária Manúcia Medeiros explicou que, em relação à Saúde, a emissão do Ciptea foi trazido para o município e que as mães foram levadas à gerência de transportes para tentar resolver esse problema. Além disso, Manúcia disse que escuta as mães das crianças autistas e que tem buscado a esfera estadual para tratar dessas dificuldades devido ao “boom” de diagnósticos de crianças com TEA.

Ana Paula Pereira representante das mães das crianças com autismo afirmou que “estamos aqui para reivindicar nossos direitos, garantir as melhorias para nossos filhos e filhas”. A genitora elencou vários pontos de uma pauta de reivindicações das mães, os quais foram sendo respondidos pelos secretários responsáveis.

Seguem os pontos:

1– Falta de médico neuropediatra. Hoje, existe apenas um neuropediatra atendendo no município. Resposta da Prefeitura: “comprometemo-nos a enviar projeto de Lei para a Câmara aumentando o salário oferecido aos médicos neuropediatras, a fim de facilitar a contratação”.

2- Fila de solicitação de terapias extensa e quantidade de terapias por crianças insuficiente. Existe uma fila, no município, com pessoas que estão desde 2019 esperando por terapias para seus filhos. E as crianças que estão sendo atendidas na rede têm acesso às terapias a cada 15 dias. Resposta da Prefeitura: “são terapias sem previsão de alta, mediante a fila de espera que temos hoje, não podemos prometer zera a fila de espera de 213 crianças autistas”.

3- Falta de vários medicamentos. Resposta da Prefeitura: “estamos melhorando a distribuição para que não falte medicamento em nenhuma unidade”.

4- Falta de material (computadores, notebooks, material para terapias).

5- Falta de professores especializados, assistentes terapêuticos e materiais especializados. Resposta da Prefeitura: “Temos uma política de educação especial. Temos salas de apoio e profissionais de acompanhamento para estudantes com TEA. Vamos tentar melhorar os Planos de Desenvolvimento Individual (PDI)”.

6- Falta de transporte para crianças especiais e transportes que não vão até as casas das crianças.
Por fim, foi formado um grupo de trabalho com os vereadores Flávio do Cartório, Gilmar e Professor Eduardo, assim como os secretários municipais de Educação e Saúde, além das mães das crianças com TEA, a fim de acompanhar a pauta solicitada.

Assista a audiência na íntegra 

Texto: Patrícia Cunha

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